Terço das Mães
MISTÉRIOS DOLOROSOS
Meditações
ORAÇÃO E AGONIA NO JARDIM DAS OLIVEIRAS
«Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres». Mesmo percebendo qual a vontade do Pai a Seu respeito, Jesus sente em si a dúvida e hesita diante deste convite. Aproxima-Se das nossas hesitações e divisões interiores, porque também Ele as atravessou. Rezemos por tantas pessoas que, devoradas pela dúvida, não conseguem escolher o bem nas suas vidas, para que acolham o convite de Deus na sua vida.
FLAGELAÇÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
«O castigo que nos salva caiu sobre ele, fomos curados pelas suas chagas». Submetido pelo poder da corrupção, Jesus sofre em silêncio. Talvez seja este o Seu amor grito: suportar toda a tirania sem oferecer resistência, confiado na missão que o Pai Lhe legara. O Silêncio de Jesus é o meio canto de Fé que podemos escutar. Peçamos-Lhe o dom da Fé.
A COROAÇÃO DE ESPINHOS
«Depois, os soldados entrelaçaram uma coroa de espinhos, cravaram-lha na cabeça e cobriram-no com um manto de púrpura; e, aproximando-se dele, diziam-lhe: «Salve! Ó Rei dos judeus!». Não encontramos em Jesus os sinais de realeza a que nos habituamos: o Seu manto de púrpura não simboliza opulência; a Sua coroa não é de ouro, mas de espinhos. Como é que Ele pode ser Rei se não demonstra sinais deste estatuto? Neste passo, o Senhor mostra-nos a sua realeza, que se realiza no abaixamento e na humildade. Rezemos com ele pelos que se entregam ao cuidado silencioso dos seus irmãos.
JESUS A CAMINHO DO CALVÁRIO E O ENCONTRO COM SUA MÃE
«Quando o iam conduzindo, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e carregaram-no com a cruz, para a levar atrás de Jesus».
O caminho de Jesus até ao Calvário é acompanhado por Maria, pelas mulheres de Jerusalém e, mais de perto, por Simão de Cirene. São estes os companheiros no sofrimento de Deus.
Como Ele, tantos homens e mulheres são hoje desprezados, encarados apenas como motivo de escárnio. A estes envia-nos o Senhor, para que nos façamos próximos e acompanhemos a sua dor de perto, como seus cireneus.
CRUCIFIXÃO E MORTE DE JESUS
«Ao chegar o meio-dia, fez-se trevas por toda a terra, até às três da tarde. E às três da tarde, Jesus exclamou em alta voz: “Eloí, Eloí, lemá sabachtáni?”, que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?». Na Cruz, contemplamos a humanidade de Jesus na Sua nua fragilidade. Depois de espancado e violentado em toda a Sua dignidade, o Senhor Jesus sente o abandono e o silêncio do Pai: esta é a derradeira violência e a íntima comunhão com o limite humano. Escutemos o Seu grito e, por este, o grito de tantas pessoas que sofrem pelo isolamento e pela solidão.